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Vol. 01. Núm. 11.
Páginas 61-71 (maio 2020)
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Consumo de pimenta chili e mortalidade em adultos italianos
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Marialaura Bonaccioa,e, Augusto Di Castelnuovob,e, Simona Costanzoa,e, Emilia Ruggieroa,e, Amalia De Curtisa,e, Mariarosaria Persichilloa,e, Claudio Tabolaccic,e, Francesco Facchianoc,e, Chiara Cerlettia,e, Maria Benedetta Donatia,e, Giovannide Gaetanoa,e, Licia Iacovielloa,d,e
a Department of Epidemiology and Prevention, IRCCS Neuromed, Via dell´Elettronica, Pozzilli, Itália.
b Mediterranea Cardiocentro, Napoli, Itália.
c Department of Oncology and Molecular Medicine, Istituto Superiore di Sanità, Roma, Itália.
d Department of Medicine and Surgery, Research Center in Epidemiology and Preventive Medicine (EPIMED), University of Insubria, Varese, Itália.
e Em nome dos investigadores do Estudo Moli-sani
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Resumen
ContextoA pimenta chili faz parte da dieta mediterrânea tradicional. Contudo, dados epidemiológicos sobre a associação entre a ingestão de pimenta chili e o risco de mortalidade são escassos, com falta de estudos com populações mediterrâneas. ObjetivosEste estudo buscou investigar a associação entre consumo de pimenta chili e risco de óbito em uma grande amostra da população geral de adultos italianos, e investigar os mediadores biológicos responsáveis por essa associação. MétodosFoi realizada uma análise longitudinal com 22.811 homens e mulheres incluídos na coorte do Estudo Moli-sani (2005 a 2010). A ingestão de pimenta chili foi estimada pelo Food Frequency Questionnaire (Questionário de Freqüência Alimentar) do EPIC (European Prospective Investigation Into Cancer/Investigação Prospectiva Européia sobre o Câncer) e categorizada como não consumo/consumo raro, até 2 vezes/semana, >2 a ≤4 vezes/semana e >4 vezes/semana. ResultadosAo longo de um seguimento mediano de 8,2 anos, foram apurados 1.236 óbitos. As razões de risco multivariadas (RRs) para mortalidade por todas as causas e por doença cardiovascular (DCV) entre os participantes com consumo regular (>4 vezes/semana) em comparação aos com não consumo/consumo raro foram de 0,77 [intervalo de confiança (IC) 95%: 0,66 a 0,90] e 0,66 (IC 95%: 0,50 a 0,86), respectivamente. O consumo regular também esteve inversamente associado ao risco de óbito por cardiopatia isquêmica (RR: 0,56; IC 95%: 0,35 a 0,87) e por causas cerebrovasculares (RR: 0,39; IC 95%: 0,20 a 0,75). A associação entre consumo de pimenta chili e mortalidade total foi aparentemente mais forte nos indivíduos não hipertensos (valor de p para interação = 0,021). Entre os biomarcadores conhecidos de DCV, apenas a vitamina D sérica foi marginalmente responsável por essas associações. ConclusõesEm uma grande população mediterrânea de adultos, o consumo regular de pimenta chili está associado a um menor risco de mortalidade total e por DCV, independente dos fatores de risco para DCV e da adesão à dieta mediterrânea. Biomarcadores conhecidos de risco para DCV mediaram de forma apenas marginal a associação entre ingestão de pimenta chili e mortalidade.
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