Observações sobre a aterosclerose humana e experimental, estudos de biomarcadores e agora um grande ensaio clínico fundamentam a operação de vias imunológicas e inflamatórias nessa doença. Os fatores que incitam respostas imunes adaptativas e inatas implicadas na aterogênese e na complicação da lesão incluem fatores de risco tradicionais, como componentes proteicos e lipídicos da lipoproteína de baixa densidade nativa e modificada, angiotensina II, tabagismo, tecido adiposovisceral e dismetabolismo. Processos infecciosos e produtos do microbioma endógeno também podem modular a aterosclerose e suas complicações, direta ou indiretamente, induzindo respostas locais e sistêmicas que potencializam a expressão da doença. Ensaios clínicos com antibióticos não reduziram os eventos cardiovasculares recorrentes, nem as estratégias de vacinação alcançaram tradução clínica. No entanto, intervenções anti-inflamatórias, como terapia com anticitocina e colchicina começaram a demonstrar eficácia a esse respeito. Assim, mecanismos inflamatórios e imunológicos podem ligar fatores de risco tradicionais e emergentes à aterosclerose e oferecer novos caminhos para a intervenção terapêutica. (J Am Coll Cardiol 2018;72:2071-81) © 2018 The American College of Cardiology Foundation. Publicado por Elsevier.
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