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Vol. 1. Núm. 2.
Páginas 26-36 (julho 2018)
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Ecocardiograma sob Estresse Farmacológico com Dobutamina para o Manejo da Estenose Aórtica de Baixo Fluxo e Baixo Gradiente
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Mohamed-Salah Annabia, Eden Touboula, Abdellaziz Dahoua, Ian G. Burwashb, Jutta Bergler-Kleinc, Maurice Enriquez-Saranod, Stefan Orwate, Helmut Baumgartnere, Julia Mascherbauerc, Gerald Mundiglerc, João L. Cavalcantef, Éric Larosea, Philippe Pibarota, Marie-Annick Clavelg
a Institut Universitaire de Cardiologie et de Pneumologie, Université Laval, Québec, Canada;
b University of Ottawa Heart Institute, Ottawa, Ontario, Canada;
c Department of Internal Medicine II, Division of Cardiology, Medical University of Vienna, Vienna, Austria;
d Department of Cardiovascular Diseases, Mayo Clinic, Rochester, Minnesota;
e Division of Adult Congenital and Valvular Heart Disease, Department of Cardiovascular Medicine, University Hospital Muenster, Muenster, Germany;
f Division of Car- diology, Department of Medicine, Pittsburgh Heart, Lung, Blood, and Vascular Medicine Institute, University of Pittsburgh/UPMC, Pittsburgh, Pennsylvania.
g Institut Universitaire de Cardiologie et de Pneumologie, Université Laval, Québec, Canada; Department of Cardiovascular Diseases, Mayo Clinic, Rochester, Minnesota;
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FUNDAMENTO De acordo com as diretrizes do American College of Cardiology/American Heart Association, os doentes com Baixo Fluxo e Baixo Gradiente trans- ortico apresentam uma estenose verdadeiramente grave quando o ecocardiograma sob estresse farmacológico com dobutamina (EED) revela um gradiente médio (GM) ≥40 mmHg, e uma área valvular aórtica (AVA) ≤1 cm2 no pico do estresse. No entanto, esses critérios não foram previamente validados.

OBJETIVOS Este estudo avaliou o valor desses critérios no diagnóstico de EA verdadeiramente grave, bem como na predicção da mortalidade destes doentes.

MÉTODOS Cento e oitenta e seis pacientes com EA de BF-BG e fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) baixa foram recrutados prospectivamente e submetidos a EED, com medição do GM, da AVA e da AVA projetada (AVAProj), a qual representa uma estimativa da AVA sob um débito cardíaco normal padronizado. Em 54 dos doentes a gravidade da EA foi corroborada por avaliação macroscópica da válvula no momento da cirurgia de substituição valvular, em 25 dos doentes através de tomografia computadorizada e em 8 dos doentes por ambos os métodos. De acordo com estas avaliações, 50 (57%) dos 87 pacientes nesta coorte apresentavam estenose aórtica verdadeiramente grave.

RESULTADOS O GM em pico de estresse ≥40 mmHg, a AVA em pico de estresse ≤1 cm2 e a combinação de ambos identificou corretamente EA grave em 48%, 60% e 47% dos pacientes, respectivamente. Contudo, a AVAProj ≤1 cm2 revelou-se um melhor marcador do que todos os anteriores (p <0,007), registando 70% de classificações corretas. Dentre os 88 doentes tratados de forma conservadora (47% da coorte), 52 morreram num prazo de 2,8 ± 2,5 anos. Após ajuste para a idade, sexo, capacidade funcional, insuficiência renal crônica e FEVE em pico de estresse, o GM e a AVA em pico de estresse não foram preditores da mortalidade neste sub-grupo. Em oposição, a AVAProj ≤1 cm2 foi um forte preditor da mortalidade dos doentes sob tratamento médico (hazard ratio: 3,65; p = 0,0003).

CONCLUSÕES Na avaliação por EED dos doentes com EA BF-BG e FEVE baixa, os critérios GM ≥40 mmHg em pico de estresse ou o composto de GM ≥40 mmHg e AVA ≤1 cm2 em pico de estresse, propostos nas diretrizes para identificar EA verdadeiramente grave e recomendar substituição valvular, têm efectivamente um valor limitado para predizer a gravidade e o prognóstico desta patologia. Em oposição, a AVAProj permite distinguir melhor a EA verdadeiramente grave da EA pseudograve, estando fortemente associada à mortalidade nos dos doentes submetidos a tratamento conservador. (Multicenter Prospective Study of Low-Flow Low-Gradient Aortic Stenosis [TOPAS]; NCT01835028) (J Am Coll Cardiol 2018;71:475–85)

Palavras-chave:
estenose aórtica, disfunção VE, ecocardiograma sob estresse, sobrevivência
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