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Resumen
ContextoNo ensaio clínico SCOT-HEART (Scottish COmputed Tomography of the HEART Trial), que avaliou pacientes com dor torácica estável, o uso de angiotomografia computadorizada das artérias coronárias (ATAC) reduziu a taxa de mortalidade por coronariopatia ou infarto do miocárdio não fatal (desfecho primário).
Objetivos Este estudo buscou avaliar a consistência e os mecanismos da redução nesse desfecho em 5 anos.
MétodosNeste ensaio clínico aberto, 4.146 participantes foram randomizados para tratamento padrão apenas ou para tratamento padrão e ATAC. Este estudo explorou o desfecho primário por sintomas, diagnóstico, revascularizações coronárias e terapias preventivas.
ResultadosAs reduções nos eventos foram consistentes nas categorias de sintomas e de riscos (p = NS para interações). Em pacientes que não foram diagnosticados com angina devida a coronariopatia, a ATAC esteve associada a uma menor taxa de incidência do desfecho primário [0,23; intervalo de confiança (IC) de 95%: 0,13 a 0,35 vs. 0,59; IC 95%: 0,42 a 0,80 por 100 pacientes-ano; p < 0,001]. Naqueles submetidos a ATAC, os índices de revascularização coronária foram maiores no primeiro ano [razão de risco (RR): 1,21; IC 95%: 1,01 a 1,46; p = 0,042], mas menores para além de 1 ano (RR: 0,59; IC 95%: 0,38 a 0,90; p = 0,015). Pacientes alocados para a ATAC apresentaram maiores índices de terapias preventivas ao longo do seguimento (p < 0,001 para todos), com maiores índicos sendo observados naqueles com doença arterial coronária (DAC) definida por tomografia computadorizada. Estudos de modelagem demonstraram a plausibilidade do tamanho do efeito observado.
ConcluçoesO efeito benéfico da ATAC nos desfechos é consistente entre os subgrupos , com mecanismos subjacentes plausíveis. A ATAC melhora os desfechos da coronariopatia ao possibilitar um melhor direcionamento dos tratamentos preventivos para indivíduos com DAC. (Scottish COmputed Tomography of the HEART Trial [SCOT-HEART]; NCT01149590) (J Am Coll Cardiol 2019;74:2058–70) © 2019 Os autores. Publicado por Elsevier em nome da American College of Cardiology Foundation. Este artigo é de acesso aberto sob a licença CC BY (http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/).
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