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Vol. 01. Núm. 12.
Páginas 1-11 (julho 2020)
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Pressão arterial diastólica e frequência cardíaca estão independentemente associadas a mortalidade na regurgitação aórtica crônica
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Li-Tan Yanga, Patricia A. Pellikkaa, Maurice Enriquez-Saranoa, Christopher G. Scottb, Ratnasari Padanga, Sunil V. Mankada, Hartzell V. Schaffc, Hector I. Michelenaa
a Department of Cardiovascular Medicine, Mayo Clinic, Rochester, Minnesota, EUA.
b Division of Biomedical Statistics and Informatics, Mayo Clinic, Rochester, Minnesota, EUA.
c Department of Cardiovascular Surgery, Mayo Clinic, Rochester, Minnesota, EUA.
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Resumen
CONTEXTOA significância prognóstica da pressão arterial diastólica (PAD) e da frequência cardíaca de repouso (FCR) em pacientes com regurgitação aórtica (RA) hemodinamicamente significativa é desconhecida. OBJETIVOSEste estudo buscou investigar a associação da PAD e da FCR com mortalidade por todas as causas em pacientes com RA. MÉTODOSPacientes consecutivos com RA ≥ moderada a severa foram retrospectivamente identificados de 2006 a 2017. Examinou-se a associação da mortalidade por todas as causas com PAD e FCR mensuradas rotineiramente. RESULTADOSDos 820 pacientes (idade 59 ± 17 anos; 82% homens) seguidos por 5,5 ± 3,5 anos, 104 faleceram sob tratamento médico e 400 foram submetidos a cirurgia da valva aórtica (CVA). Idade, sintomas, fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), índice do diâmetro sistólico final do VE (iDSFVE), PAD e FCR foram preditores univariados de mortalidade por todas as causas (todos com p ≤0,002). Quando ajustadas para dados demográficos, comorbidades e indicadores cirúrgicos (sintomas, FEVE e iDSFVE), PAD basal [hazard ratio (HR) ajustada]: 0,79 (intervalo de confiança de 95%: 0,66 a 0,94) para um aumento de 10 mmHg, p = 0,009] e FCR basal [HR ajustada: 1,23 (intervalo de confiança de 95%: 1,03 a 1,45) para um aumento de 10 batimentos por min (bpm), p = 0,01] estiveram independentemente associadas à mortalidade por todas as causas. Essas associações persistiram após ajuste para a presença de hipertensão, medicamentos, CVA dependente do tempo e ao se utilizar as médias de PAD e FCR (todas com p ≤0,02). Comparados com a população geral, pacientes com RA apresentaram mortalidade excessiva (risco relativo de morte >1), a que aumentou acentuadamente em proporção inversa (p para não linearidade = 0,002) à PAD a partir de 70 mmHg e com pico em 55 mmHg, e em proporção direta à FCR a partir de 60 bpm. CONCLUSÕESEm pacientes com RA crônica hemodinamicamente significativa, PAD e FCR mensuradas de forma rotineira demonstram uma associação robusta com mortalidade por todas as causas, independente de dados demográficos, comorbidades, indicadores cirúrgicos baseados em diretrizes, presença de hipertensão e uso de medicamentos. Portanto, PAD e FCR devem ser integradas em uma tomada de decisão clínica abrangente para esses pacientes. (J Am Coll Cardiol2020;75:29–39) © 2020 pela American College of Cardiology Foundation.
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