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Vol. 01. Núm. 08.
Páginas 1-11 (agosto 2019)
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Placas cicatrizadas nas lesões culpadas em pacientes com síndromes coronarianas agudas
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Francesco Fracassia, Filippo Creab, Tomoyo Sugiyamaa, Erika Yamamotoa, Shiro Uemurac, Rocco Vergallob, Italo Portob, Hang Leed, James Fujimotoe, Valentin Fusterf, Ik-Kyung Janga,g
a Departamento de Cardiologia, Massachusetts General Hospital, Harvard Medical School, Boston, Massachusetts, EUA.
b Departamento de Ciências Torácica e Cardiovascular, Catholic University of the Sacred Heart, Fondazione Policlinico Universitario Agostino Gemelli-IRCCS, Rome, Itália.
c Departamento de Cardiologia, Kawasaki Medical School, Kurashiki, Okayama, Japão.
d Centro de Bioestatística, Massachusetts General Hospital, Harvard Medical School, Boston, Massachusetts, EUA.
e The Research Laboratory of Electronics, Departamento de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação, Massachusetts Institute of Technology, Cambridge, Massachusetts, EUA.
f Zena and Michael A. Wiener Cardiovascular Institute, Icahn School of Medicine at Mount Sinai, New York, New York, EUA.
g Departamento de Cardiologia, Kyung Hee University Hospital, Seoul, Coreia do Sul.
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Resumen
ContextoEm indivíduos que sofreram morte súbita cardíaca, são encontradas com frequência placas cicatrizadas, caracterizadas morfologicamente por camadas. No entanto, dados in vivo são escassos. ObjetivosO propósito deste estudo foi determinar a prevalência, as características morfológicas e a significância clínica das placas cicatrizadas nas lesões culpadas em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA) utilizando a tomografia de coerência óptica (OCT). MétodosFoi recrutado um total de 376 pacientes com SCA [252 apresentavam infarto do miocárdio (IM) com supradesnivelamento do segmento ST e 124 sem supradesnivelamento do segmento ST] submetidos à OCT pré-intervenção para imagens da lesão culpada. Os pacientes foram estratificados de acordo com a presença do fenótipo de camadas, caracterizadas na OCT como tendo diferentes densidades ópticas. Foram comparados entre os dois grupos os dados clínicos e laboratoriais, as características da OCT e o desfecho após um ano. Resultados Entre os 376 pacientes, 108 (28,7%) placas cicatrizadas foram identificadas. Hiperlipidemia, diabetes e histórico de IM eram mais comuns em pacientes com placas cicatrizadas (respectivamente, 44,4% contra 33,2%; p = 0,041; 35,2% contra 23,5%; p = 0,021; e 15,7% contra 6,3%; p = 0,009). A proteína C-reativa de alta sensibilidade era significativamente mais elevada em pacientes com placas cicatrizadas [mediana 4,98 mg/L (intervalo interquartil: 1,00 a 11,32 mg/L) contra 3,00 mg/L (intervalo interquartil: 0,30 a 10,15 mg/L); p = 0,029]. A ruptura de placas (64,8% contra 53,0%; p = 0,039), o fibroateroma de capa fina (56,5% contra 42,5%; p = 0,016) e o acúmulo de macrófagos (81,1% contra 63,4%; p = 0,001) também eram comuns no grupo que apresentava camadas. A OCT revelou estenose de maior área em placas com o fenótipo de camadas (79,2 ± 9,5% contra 74,3 ± 14,3%; p = 0,001). A incidência de eventos cardiovasculares adversos graves foi similar entre os dois grupos, mas a taxa de reinternação por qualquer causa foi mais alta entre aqueles com placas cicatrizadas (32,7% contra 16,5%; p = 0,013). Conclusões As placas cicatrizadas, marca de uma prévia instabilidade das placas, foram encontradas no local da lesão culpada em mais de um quarto de pacientes com SCA. Esses pacientes apresentavam com mais frequência hiperlipidemia, diabetes e histórico de IM. A OCT das placas cicatrizadas revelou traços de vulnerabilidade com evidência de inflamação local e sistêmica. A combinação da vulnerabilidade das placas, da inflamação local e da maior carga de placas, além da inflamação sistêmica, pode prevalecer sobre o mecanismo protetor de cicatrização da placa e predispor ao desenvolvimento de trombo oclusivo. (J Am Coll Cardiol 2019;73:2253–63) © 2019 pela American College of Cardiology Foundation.
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