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Vol. 01. Núm. 19.
Páginas 47-59 (março 2022)
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Páginas 47-59 (março 2022)
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Manejo contemporâneo da estenose aórtica sintomática grave
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Marc Eugènea,b,k, Piotr Duchnowskic,k, Bernard Prendergastd,k, Olaf Wendlere,k, Cécile Larochef,k, Jean-Luc Moning,k, Yannick Jobich,k, Bogdan A. Popescui,k, Jeroen J. Baxj,k, Alec Vahanianb,k, Bernard Iunga,b,k
a Departamento de Cardiologia, Hôpital Bichat, Assistance Publique-Hôpitaux de Paris, Paris, França-
b Université de Paris, Paris, França.
c Cardinal Wyszynski National Institute of Cardiology, Warsaw, Polônia.
d Departamento de Cardiologia, St Thomas´Hospital, London, Reino Unido.
e Departamento de Cirurgia Cardiotorácica, King´s College Hospital, London, Reino Unido.
f EURObservational Research Programme, European Society of Cardiology, Sophia-Antipolis, França.
g Departamento de Cardiologia, Institut Mutualiste Montsouris, Paris, França.
h Departamento de Cardiologia, Hôpital Cavale Blanche, Brest, França.
i Departamento de Cardiologia, University of Medicine and Pharmacy Carol Davila-Euroecolab, Emergency Institute for Cardiovascular Diseases Prof Dr C. C. Iliescu, Bucharest, Romênia.
j Departamento de Cardiologia, Leiden University Medical Center, Leiden, Países Baixos.
k Em nome do EORP VHD II Registry Investigators Group.
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Resumen
CONTEXTO

Havia lacunas entre as diretrizes e a prática quando a cirurgia era o único tratamento para a estenose aórtica (EA).

OBJETIVOS

Este estudo analisou a decisão de intervir em pacientes com EA grave no EORP VHD II (EURObservational Research Program Valvular Heart Disease II/Programa de Pesquisa EURObservacional de Doença Valvular Cardíaca II).

MÉTODOS

Entre 2.152 pacientes com EA grave, 1.271 pacientes com EA de alto gradiente que eram sintomáticos cumpriram uma recomendação de Classe I para intervenção, de acordo com as diretrizes de 2012 da European Society of Cardiology; o desfecho primário foi a decisão por intervir.

RESULTADOS

A decisão de não intervir foi tomada em 262 pacientes (20,6%). Na análise multivariada, a decisão de não intervir foi associada a idade mais avançada (razão de chances [OR, de odds ratio]: 1,34 por aumento de 10 anos; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1,11 a 1,61; P = 0,002), Classes funcionais I e II versus III da New York Heart Association (OR: 1,63; IC95%: 1,16 a 2,30; P = 0,005), índice de comorbidade de Charlson ajustado a idade mais alta (OR: 1,09 por aumento de 1 ponto; IC95%: 1,01 a 1,17; P = 0,03) e um gradiente médio transaórtico inferior (OR: 0,81 por diminuição de 10 mmHg; IC95%: 0,71 a 0,92; P < 0,001). Durante o período do estudo, 346 pacientes (40,2%, mediana de idade de 84 anos, mediana EuroSCORE II [European System for Cardiac Operative Risk Evaluation II/Sistema Europeu para Avaliação do Risco Operatório Cardíaco II] 3,1%) foram submetidos a intervenção transcateter, e 515 (59,8%, mediana de idade de 69 anos, mediana EuroSCORE II de 1,5%) foram submetidos a cirurgia. A decisão de não intervir versus intervenção foi associada a menor sobrevida em 6 meses (87,4%; IC95%: 82,0 a 91,3 vs. 94,6%; IC95%: 92,8 a 95,9; P < 0,001).

CONCLUSÕES

A decisão de não intervir foi tomada em um em cada cinco pacientes com EA sintomática grave, apesar de uma recomendação de Classe I para intervenção, e a decisão foi particularmente associada a idade avançada e a comorbidades combinadas. A intervenção transcateter foi amplamente usada em octogenários. (J Am Coll Cardiol 2021;78:2131-2143) © 2021 pela American College of Cardiology Foundation.

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