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Vol. 01. Núm. 11.
Páginas 31-46 (maio 2020)
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Avaliação, manejo e desfechos de pacientes pouco responsivos à terapia com dispositivos de ressincronização cardíaca
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Niraj Varmaa, John Boehmerb, Kartikeya Bhargavac, Dale Yood, Fabio Leonellie, Mariarosa Costanzof, Anil Saxenag, Lixian Sunh, Michael R. Goldi, Jagmeet Singhj, John Gillh, Angelo Auricchiok
a Cleveland Clinic, Cleveland, Ohio, EUA.
b Penn State Hershey Heart and Vascular Institute, Hershey, Pennsylvania, EUA.
c Medanta-The Medicity Hospital, Gurgaon, Índia.
d North Texas Heart Center, McKinney, Texas, EUA.
e U.S. Department of Veterans Affairs, Tampa, Flórida, EUA.
f Advocate Heart Institute, Naperville, Illinois, EUA.
g Escorts Heart Institute and Research Center, New Delhi, Índia, EUA.
h Abbott, Sylmar, California, EUA.
i Medical University of South Carolina, Charleston, South Carolina, EUA.
j Massachusetts General Hospital, Boston, Massachusetts, EUA.
k Cardiocentro Ticino, Lugano, Suíça.
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Resumen
ContextoA “não resposta” à terapia de ressincronização cardíaca (TRC) é reconhecida, mas as definições aplicadas na prática, os tratamentos e suas consequências são pouco conhecidos. ObjetivosOs autores buscaram avaliar a não resposta no registro prospectivo e internacional denominado ADVANCE CRT (Advance Cardiac Resynchronization Therapy Registry/Registro Avançado da Terapia de Ressincronização Cardíaca). MétodosA resposta de cada indivíduo foi avaliada aos 6 meses após a implantação utilizando definições específicas de cada centro e comparada ao escore clínico composto (ECC), obtido de forma independente. Os tratamentos e as hospitalizações foram monitorados durante os 6 meses seguintes. ResultadosDos 1.524 indivíduos recrutados nos 69 centros (68 ± 12 anos de idade, 32% do sexo feminino, presença de doença isquêmica em 39%), 74,3% receberam TRC com defibrilador, utilizando principalmente derivações do VE quadripolares (75%) implantadas lateralmente (78%). Indicações para TRC foram mais amplas do que nos ensaios clínicos anteriores. Entre os 1.327 indivíduos avaliáveis, 20,0% foram definidos pelo centro como não responsivos (maior idade, comorbidades, cardiomiopatia isquêmica, bloqueio do ramo esquerdo, e menor percentual de estimulação para TRC em comparação aos responsivos). As definições dos centros utilizaram principalmente critérios clínicos (raramente ecocardiografia) e subestimaram os pacientes não responsivos em 35% comparadas ao ECC (sensibilidade de 58% vs. ECC). De forma geral, um maior número de indivíduos definidos pelo centro como não responsivos receberam tratamento (55,9% vs. 38,3% de responsivos; p < 0,001) utilizando alterações nos medicamentos e educação sobre insuficiência cardíaca, mas a programação do dispositivo foi menos frequente. A intensificação de avaliações presenciais/remotas e o envolvimento de especialistas em insuficiência cardíaca permaneceram mínimos. Vale destacar que 44% dos indivíduos definidos como não responsivos pelo centro não receberam intervenção adicional. A frequência e a duração das hospitalizações, além da mortalidade, entre indivíduos definidos como não responsivos foram significativamente mais elevadas do que entre os responsivos. Conclusões Uma alta incidência de não responsivos à TRC persiste, apesar da boa seleção de pacientes e do bom posicionamento da derivação do VE, mas os métodos de identificações dos centros apresentaram sensibilidade moderada. Após o diagnóstico, os não responsivos são, na maioria das vezes, tratados de forma passiva, sem atendimento especializado, com desfechos ruins. O ADVANCE CRT revela um grupo vulnerável de pacientes com insuficiência cardíaca. [Advance Cardiac Resynchronization Therapy Registry (ADVANCE CRT); NCT01805154] (J Am Coll Cardiol 2019;74:2588–603) © 2019 pela American College of Cardiology Foundation.
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