Informação do artigo
Resumen
ContextoAproximadamente metade dos pacientes submetidos a angiografia coronária para o diagnóstico de angina não apresenta estenose coronariana significativa, nos quais podem estar envolvidas anormalidades coronarianas funcionais.
ObjetivosEste estudo examinou a significância de anormalidades coronarianas funcionais de maneira abrangente para ambas as artérias coronárias epicárdicas e microvasculares em pacientes com angina e doença arterial coronariana (DAC) não obstrutiva.
MétodosEste estudo incluiu, de forma prospectiva, 187 pacientes consecutivos (sexo masculino/feminino 113/74, 63,2 ± 12,3 anos), os quais foram submetidos a um teste de provocação de espasmos coronarianos por acetilcolina e à medição do índice de resistência microcirculatória (IRM) para avaliação da função coronariana microvascular. Os pacientes foram acompanhados por uma mediana de 893 dias.
ResultadosDe todos os indivíduos, o teste com acetilcolina identificou 128 pacientes com angina vasoespástica (AV) (68%), e eventos cardíacos ocorreram em 10 pacientes durante o seguimento (5,3%). A análise multivariável demonstrou que o IRM se correlacionou com a incidência de eventos cardíacos (hazard ratio: 1,05; intervalo de confiança de 95%: 1,02 a 1,09; p = 0,002), e a análise da curva característica de operação do receptor (ROC) identificou o IRM de 18,0 como o valor de corte ideal. Entre os quatro grupos baseados no valor de corte do IRM e na presença de AV, a análise de sobrevida de Kaplan-Meier demonstrou um prognóstico significativamente pior no grupo com alto IRM (≥18,0) e AV, em comparação com os outros grupos (log-rank, p = 0,002). É importante ressaltar que a administração intracoronariana de fasudil, um inibidor da Rho quinase, melhorou significativamente o IRM dos pacientes com AV com IRM aumentado (p < 0,0001).
ConclusõesEsses resultados indicam que, em pacientes com angina e DAC não obstrutiva, a coexistência de espasmo coronariano epicárdico e resistência microvascular aumentada é associada a pior prognóstico, para o qual a ativação da Rho quinase pode estar envolvida. (J Am Coll Cardiol 2019;74:2350–60) © 2019 Os autores. Publicado por Elsevier em nome da American College of Cardiology Foundation. Este é um artigo de acesso aberto sob a licença CC BY-NC-ND (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
O texto completo está disponível em PDF