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Vol. 01. Núm. 06.
Páginas 23-32 (maio 2019)
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Sobrevida de longo prazo após revascularização multiarterial em pacientes com diabetes. Estudo de Seguimento FREEDOM
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Michael E. Farkouha, Michael Domanskib, George D. Dangasc, Lucas C. Godoya,d, Michael J. Macke, Flora S. Siamif, Taye H. Hamzaf, Binita Shahg, Giulio G. Stefaninih, Mandeep S. Sidhui, Jean- François Tanguayj, Krishnan Ramanathank, Samin K. Sharmac, John Frenchl, Whady Huebd, David J. Cohenm, Valentin Fusterc,n
a Peter Munk Cardiac Centre and the Heart and Stroke Richard Lewar Centre, University of Toronto, Toronto, Ontario, Canadá.
b University of Maryland School of Medicine, Baltimore, Maryland, EUA.
c Zena and Michael Wiener Cardiovascular Institute, Icahn School of Medicine at Mount Sinai, New York, New York, EUA.
d Instituto do Coração (InCor), Hospital das Clínicas HCFMUSP, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.
e Baylor Scott & White Health, Dallas, Texas, EUA.
f New England Research Institutes,Watertown, Massachusetts, EUA.
g VA New York Harbor Healthcare System, New York University School of Medicine, New York, New York, EUA.
h Humanitas Research Hospital, Milan, Itália.
i Albany Medical Center, Albany, New York, EUA.
j Division of Medicine, Montreal Heart Institute, Université de Montréal, Montréal, Quebec, Canadá.
k University of British Columbia, Vancouver, British Columbia, Canadá.
l Cardiology Department, Liverpool Hospital, Sydney, New South Wales, Austrália.
m Saint-Luke¿s Mid America Heart Institute, University of Missouri-Kansas City, Kansas City, Missouri, EUA.
n Centro Nacional de Investigaciones Cardiovasculares Carlos III, Madrid, Espanha.
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Resumen
Contexto O ensaio clínico FREEDOM (Avaliação futura de revascularização em pacientes com diabetes melito: manejo ideal da doença multiarterial) demonstrou que em pacientes com diabetes melito (DM) e doença coronariana multiarterial (DCM), a revascularização miocárdica com enxerto (RME) é superior à intervenção coronária percutânea com stents farmacológicos (ICP-SF) para reduzir a taxa dos principais eventos cerebrovasculares e cardiovasculares adversos após um seguimento mediano de 3,8 anos. Não se sabe, contudo, se a RME confere uma vantagem de sobrevida após um longo período de seguimento. Objetivos O objetivo do presente estudo foi avaliar a sobrevida de longo prazo de pacientes com DM e DCM submetidos à revascularização coronariana no ensaio clínico FREEDOM. Métodos O ensaio clínico FREEDOM randomizou 1.900 pacientes com DM e DCM para serem submetidos a ICP com stents farmacológicos com sirolimus ou paclitaxel ou, então, RME em um contexto de terapia médica ideal. Após a conclusão do ensaio clínico, os centros e os pacientes registrados foram convidados a participar do estudo de seguimento FREEDOM. A sobrevida foi avaliada pela análise de Kaplan-Meier, e os modelos de risco proporcional de Cox foram usados para as análises multivariadas e de subgrupo. Resultados Um total de 25 centros (de 140 centros originais) concordou em participar do estudo de seguimento FREEDOM e contribuiu com um total de 943 pacientes (49,6% da coorte original) com um seguimento mediano de 7,5 anos (intervalo de 0 a 13,2 anos). Dos 1.900 pacientes, houve 314 mortes durante todo o período de seguimento (204 mortes no ensaio clínico original, e 110 mortes no seguimento FREEDOM). A taxa de mortalidade por todas as causas foi significativamente maior no grupo ICP-SF em comparação ao grupo RME (24,3% [159 mortes] vs. 18,3% [112 mortes]; razão de risco: 1,36; intervalo de confiança de 95%: 1,02 a 1,74; p = 0,01). Dos 943 pacientes com seguimento prolongado, a taxa de mortalidade por todas as causas foi de 23,7% (99 mortes) no grupo ICP-SF e 18,7% (72 mortes) no grupo RME (razão de risco: 1,32; intervalo de confiança de 95%: 0,97 a 1,78; p = 0,076). Conclusões Em pacientes com DM e DCM, a RME leva a menor mortalidade por todas as causas em comparação à ICPSF em seguimento de longo prazo. (Comparison of Two Treatments for Multivessel Coronary Artery Disease in Individuals With Diabetes [FREEDOM]; NCT00086450) (J Am Coll Cardiol 2019;73:629–38) © 2019 Publicado por Elsevier em nome da American College of Cardiology Foundation.
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