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Vol. 1. Núm. 5.
Páginas 13-37 (março 2019)
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Revisão sistemática da Diretriz da AHA/ACC/HRS de 2017 para o manejo de pacientes com arritmias ventriculares e a prevenção da morte súbita cardíaca
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CONTexTO Embora grandes ensaios clínicos randomizados tenham descoberto que o uso de cardioversor-desfibrilador implantável (CDI) na prevenção primária melhora a sobrevida em pacientes com cardiomiopatia e sintomas de insuficiência cardíaca, na prática, geralmente os pacientes que recebem CDIs são idosos e apresentam mais comorbidades do que os pacientes dos ensaios clínicos. Além disso, existe um debate entre os médicos sobre a utilidade do estudo eletrofisiológico da estratificação de risco de pacientes assintomáticos com síndrome de Brugada.

ObjeTIvO Nossa análise tem dois objetivos. Primeiro, avaliar se as arritmias ventriculares (AVs) induzidas com eletroestimulação programada em pacientes assintomáticos com síndrome de Brugada identificam um grupo de risco mais elevado que possa necessitar de testes ou terapias adicionais. Segundo, avaliar se o implante de um CDI está associado a um benefício clínico em pacientes idosos e pacientes com comorbidades que, de outra forma, beneficiar-se-iam com base na fração de ejeção ventricular esquerda e sintomas de insuficiência cardíaca.

MéTOdOs Foram usadas abordagens estatísticas tradicionais para verificar: 1) se a estimulação ventricular programada identifica um grupo de alto risco em pacientes assintomáticos com síndrome de Brugada; e 2) se o implante de CDI para prevenção primária está associado a resultados melhores em pacientes idosos (> 75 anos de idade) e pacientes com comorbidades significativas que, de outro modo, atenderiam aos critérios do implante de CDI com base em sintomas ou na função ventricular esquerda.

ResuLTAdOs Foram identificadas evidências de seis estudos com 1.138 pacientes assintomáticos. A síndrome de Brugada com AV induzível no estudo eletrofisiológico foi identificada em 390 (34,3%) pacientes. Para minimizar a sobreposição de pacientes, a análise primária usou cinco dos seis estudos e encontrou um uma razão de chance de 2,3 (IC95%: 0,63-8,66; p = 0,2) para eventos arrítmicos maiores (AVs contínuos, morte súbita cardíaca ou terapia adequada com CDI) em pacientes assintomáticos com síndrome de Brugada e AV induzível no estudo eletrofisiológico versus aqueles sem AV induzível.

Palavras-chave:
Arritmias ventriculares; cardioversordesfibrilador implantável; Comitê de Revisão de Evidências; comorbidade assintomática; diretrizes de prática clínica de ACC/AHA; doença renal; estimulação elétrica programada; estimulação ventricular programada; estudo de eletrofisiologia; idosos; insuficiência cardíaca; prevenção primária; síndrome de Brugada
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