Informação do artigo
Resumen
CONTEXTO
Há sobreposição entre causas genéticas e características cardíacas na cardiomiopatia não compactada (CMNC), cardiomiopatia hipertrófica (CMH) e cardiomiopatia dilatada (CMD).
OBJETIVOS
O objetivo deste estudo foi predizer o fenótipo e o desfecho em familiares de acordo com as características clínicas e genótipo dos casos índice de CMNC.
MÉTODOS
A triagem retrospectiva de DNA e cardíaca de familiares de 113 famílias de 143 pacientes índice foi usada para classificar os casos de CMNC de acordo com o fenótipo cardíaco. Esses casos foram classificados como CMNC isolada, CMNC com dilatação (CMD) ventricular esquerda (VE) e CMNC com hipertrofia VE (CMH).
RESULTADOS
Em 58 (51%) famílias, a triagem identificou 73 familiares com CMNC e 34 com CMD ou CMH sem CMNC. O rendimento da triagem familiar foi maior nas famílias com mutação (p < 0,001). Um total de 54 famílias apresentaram mutação. A não penetrância foi observada em 37% dos familiares com mutação. Os casos índice foram mais sintomáticos que os familiares afetados (p < 0,001). A CMNC com CMD (53%) foi associada à disfunção sistólica VE (p < 0,001), risco aumentado de eventos cardíacos adversos maiores, mutações na cauda do MYH7 (p < 0,001) e CMD sem CMN em familiares (p < 0,001). A CMNC isolada (43%) foi associada a um curso mais leve, a mutações na cabeça do MYH7, a CMNC assintomática (42%) (p = 0,018) e a CMNC isolada em familiares (p = 0,004). A CMNC com CMH (4%) foi associada a MYBPC3 e a CMH sem CMNC em familiares (p < 0,001).
CONCLUSÕES
O fenótipo de familiares pode ser previsto de acordo com o fenótipo da CMNC e a mutação de pacientes índice. Os fenótipos da CMNC estavam relacionados ao desfecho. Dessa forma, características clínicas e genéticas de pacientes índice podem ajudar na previsão do desfecho em familiares. (J Am Coll Cardiol 2019;73;1601–11) © 2019 pela American College of Cardiology Foundation.
O texto completo está disponível em PDF